Luiz Morais, ou simplesmente Cabeção, começou no clube em 1938, ainda no infantil. Juntamente com Idário, Roberto e Luizinho, subiu dos aspirantes para o profissional em 1949. Foi Campeão Paulista de 1951 como titular absoluto, e em 1954 atuou em alguns jogos. No Bicampeonato de 1952 não participou de nenhuma partida da conquista, pois era reserva do titular Gylmar. Conquistou ainda o Título do Torneio Rio-São Paulo de 1953.
Dizia a lenda, que Cabeção não apresentava uma boa desenvoltura nos jogos noturnos, mas isso não o impediu de conquistar títuolos. Participou da Copa de 1954 como reserva de Castilho. No Período de 1949 a 1966, entre idas e vindas (Jogou por empréstimo na Portuguesa, Bangu e Comercial de Ribeirão Preto) Cabeção disputou 330 jogos com a camisa do Corinthians. Com a chegada dos goleiros Heitor e Marcial, Cabeção acabou perdendo espaço no Time, e em 1967 transferiu-se para o Juventus da Moóca. Jogou ainda no Bragantino em 1968, e encerrou sua carreira na Portuguesa Santista perto de completar 40 anos.
Cabeção foi por 18 anos treinador das categorias de base do Timão, onde revelou dentre tantos, os jogadores: Goleiro - Rafael, Solito e Ronaldo. Zagueiros - Zé eduardo, Marcelo e Wladimir. Atacantes - Casagrande, Paulo Sergio, etc.
No time principal do Corinthians, dirigiu por uma vez no ano de 1976 contra o São Paulo, vencendo a partida por 1 x 0, gol de Ivan.
Foi o primeiro goleiro do Brasil que introduziu as luvas em 1957.
Em entrevista a Maurício Sabará Markiewicz publicada no blog Futebol de Todos os Tempos, Cabeção relatou o fato:
"A Seleção Brasileira estava na Tchecoslováquia, estava caindo neve e fomos treinar. Estava doendo as mãos e falei para o Gilmar pra comprarmos uma luva, já que aqui eles usam. Trouxe uma da Tchecoslováquia e outra da Inglaterra. Aqui no Brasil pus em um jogo à noite, sendo que o Mário Morais da Tupi me criticou. Depois não usei mais. Havia uma fábrica conhecida como Estádio, o dono dela (Sr. Agostinho) me pediu a luva emprestada e eles começaram a fazer, mas com uma costura muito grossa, sendo que as mãos não fechavam. Depois a Adidas entrou com as luvas que conhecemos."
Uma de suas maiores tristezas, aconteceu em 1990 com o assassinato de seu filho no Bairro do Tatuapé em São Paulo
(Campeão Paulista de 1951 - Idário, Touguinha, Lorena, Cabeção, Julião, Murilo e o Técnico Rato. Agachados: Claudio, Luizinho, Baltazar, Jackson e Carbone)
(1960- Oreco, Ari Clemente, Olavo, Egídio, Cabeção e Roberto Belangero. Agachados: Bataglia, Luizinho, Almir, Rafael e Guimarães.)
(Aqui Cabeção aparece defendendo a Portuguesa em uma de suas saídas por empréstino nos anos 50)
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