O santista Oswaldo Silva, começou sua carreira em 1942 no Flamengo da Baixada Santista. Devido a sua semelhança com seu irmão Baltazar, que também era jogador de futebol, começou a ser chamado também de "Baltazar", apelido que acabou ficando, e do qual faria fama no futebol. Em 1944 assinou seu primeiro contrato profissional com o time do Jabaquara de Santos. No "Jabuca" como era conhecido o Jabaquara, Baltazar começou a fazer seus gols e a se destacar, fato que chegou aos ouvidos da Diretoria Corinthiana, que prontamente se interessou pelo jovem atacante. Em 1945 chega ao Corinthians. Estreou com a camisa alvinegra justamente contra seu ex-clube no dia 15 de novembro de 1945. O jogo acabou em 5 x 5. Seu primeiro gol aconteceu na partida seguinte contra o Bahia em Salvador. De início, Baltazar foi aproveitado como meia-direita, já que no comando do ataque estava ninguém menos do que o "Bailarino" Servílio" . Em 1950 , já atuando como centroavante, conquista seu primeiro título com a camisa corinthiana, o Torneio Rio-São Paulo.Nesse mesmo ano é convocado para defender a Seleção Brasileira na Copa do Mundo que se realizaria no Brasil. Jogou 2 partidas e marcou 2 gols. Em 1951 conquista seu primeiro Paulistão marcando 25 gols. Em 1952 repete a dose e conquista o Bicampeonato Paulista, além da artilharia do Torneio com 27 gols. Ainda em 1952 atuando pela Seleção Brasileira, ganha o Pan-americano disputado no Chile. Baltazar estava se tornando tão popular , que ganhou até um carro da marca Studebaker ao vencer o concurso do "Craque mais querido do Brasil". Outro reconhecimento da sua enorme popularidade veio através de uma marchinha carnavalesca composta por Alfredo Borba, e interpretada pela cantora Elza Laranjeira.
Gol de Baltazar,
Gol de Baltazar,
Salta o "Cabecinha",
Um a zero no placar.
(bis)
O Mosqueteiro,
Ninguém pode derrotar,
Carbone é o artilheiro espetacular,
Cláudio, Luizinho e Mário,
Julião, Roberto e Idário,
Homero, Olavo e Gilmar,
São os onze craques,
Que São Paulo vai consagrar
Jogando ao lado dos craques Luizinho e Claúdio no ataque mosqueteiro, Baltazar marcou diversos gols de cabeça, fato que o levou a ser conhecido nacionalmente como o "Cabecinha de Ouro".
Em 1953 conquista seu 2º Torneio Rio-São Paulo, e a Pequena Taça do Mundo na Venezuela.
Em 1954 é novamente convocado para disputar a Copa do Mundo na Suiça.
No início de 1955 fatura o Paulistão do IV Centenário ainda de 1954
Em 1957, após 409 jogos e 267 gols marcados, o craque, que até hoje é ainda o 2º maior artilheiro da história do clube, despede-se do Timão.
Vendido ao Juventus da Moóca, Baltazar ainda passaria novamente pelo Jabaquara, antes de encerrar a carreira em 1958 no União Paulista.
Em 1964 começou a trabalhar como auxiliar técnico no Corinthians, cargo que ocupou até 1970. Em 1971 teve sua primeira chance como técnico do quadro principal quando dirigiu a equipe em 34 partidas.
Após sair do clube, Baltazar ainda tentou seguir a carreira de treinador,em alguns clubes de menor expressão, mas não obteve sucesso.
Desiludido com o futebol, e enfrentando dificuldades financeiras, fez um pouco de tudo para sobreviver, desde vendedor de livros, a carcereiro do antigo presídio Carandiru .
Baltazar lamentava a falta de reconhecimento de seu ex-clube para com ele , que tanto havia feito pelo Corinthians .
A gota dágua de sua sanidade talvez tenha sido quando presenciou a homenagem feita ao seu ex-companheiro de time Luizinho em 1996, e o fato da Diretoria não o ter procurado para também homenageá-lo.
Pouco tempo depois foi visto perambulando seminu e desmemoriado pelas praias da baixada santista, tal como um indigente.
Baltazar faleceu em1997 aos 71 anos de idade devido a complicações cardíacas.
Está enterrado no Cemitério da Praia Grande, litoral paulista.
Infelizmente não pode ver em vida o Busto que fizeram a ele em homenagem à sua gloriosa passagem pelo Timão.
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