Amilcar Barbuy, ao lado de Neco, foi o primeiro grande ídolo do Timão. Nascido em Rio das Pedras, ainda garoto, veio para São Paulo. Começou atuando no E.C. Galopino, depois passou pelo Belo Horizonte e Botafogo do Bom Retiro, famoso time varzeano da época apelidado de o "Galo da Várzea". Quando o Botafogo foi fechado pela polícia, Amilcar foi procurar um outro clube para jogar.
O novato Corinthians acabou sendo o time escolhido. Sua estréia foi no dia 7 de setembro de 1913 na vitória por 2 x 0 sobre o Germânia em jogo válido pelo Paulistão daquele ano. Nesta partida Amilcar marcou o seu primeiro gol com a camisa alvinegra.
Transformado em capitão da equipe, Amilcar logo tratou de trazer dos quadros inferiores um jogador que lá despontava, o jovem Neco.
Em 1914 conquista de forma invicta o seu primeiro Campeonato Paulista.
Em 1915, como o Timão só disputou alguns jogos amistosos, vários de seus jogadores foram procurar outros clubes para jogar. Amilcar foi um deles ao defender o recém criado time do Palestra Itália em seu jogo inaugural no més de janeiro contra o Savóia time do interior paulista.
Em 1916 já de volta ao Corinthians fatura seu segundo título do Paulistão.
Nesse mesmo ano é convocado pela primeira vez para servir a Seleção Brasileira no Sul-americano da Argentina.
Em 1918 deixa de atuar como atacante, e passa a jogar na posição de centromédio, posição da qual ganharia fama.
Em 1918, ao lado de outros jogadores colaborou na construção do primeiro estádio do time localizado na Ponte Grande.
Em 1919 conquista com a Seleção Brasileira o Sul-americano jogando ao lado de Neco .
Em 1922 conquista seu 3º Paulistão, agora o do Centenário da Independência, e o Bicampeonato Sul-americano com a Seleção Brasileira.
Em 1923 conquista seu 4º e último Paulistão com o manto alvinegro.
Em 1924, após desentendimento com diretores do clube que tiraram a concessão do bar que seu avô tinha dentro do estádio, vai jogar no rival Palestra Itália, clube que já era sócio desde sua fundação por ser um oriundi. italiano.
No Palestra conquistou o Bicampeonato Paulista de 1926/1927.
Em 1931 vai para a Itália trabalhar como técnico do time da Lázio, que era composta basicamente por jogadores brasileiros.
Quando retornou ao Brasil treinou alguns clubes, inclusive o Corinthians em 3 oportunidades - 1934/1935, 1937 e 1943.
Como é de costume da diretoria corinthiana esquecer e abandonar seus ídolos, com Amilcar não poderia ser diferente. Segundo seu filho, Amilcar que faleceu em 1965, morreu magoado com o clube que tantas glórias deu, tendo sido inclusive enterrado com a camisa do Palmeiras clube que também defendeu, e o valorizou em vida.
Para alguns veteranos que sobreviveram para fazer a comparação, Amilcar foi somente inferior a Pelé.
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